Originária de Portugal, foi registrada em um livro sob o título "Canções portuguesas do século XVIII", 1929. Brinca-se em roda, sentando-se no chão e segurando as orelhas umas das outras. Pode-se brincar como continuação da “Pintalainha”.

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Queridos professores: Brinca-se numa rodinha sentada no chão. As crianças colocam as mãozinhas aberta no centro do círculo, escolhe-se uma criança que, enquanto canta a música, dá uma beliscadinha nas mãos dos companheiros. Quando a música diz “mingorra, mingorra, de catiforra, tira essa mão que já está forra”, na mão que parar a canção, a criança coloca para trás. Quando todas as mãos estão atrás, as crianças seguram as orelhas dos companheiros e cantam lagarta pintada balançando o corpo, sem, entretanto, puxar as orelhas dos coleguinhas. Acabando a música, as crianças esfregam as mãos uma na outra até esquentar. Ai pergunta-se: meu cavalo passou por aqui? As crianças respondem. O que deram de comer? As crianças respondem. O que deram de beber? As crianças respondem. Tem bolo quente ai? Nesse momento, as crianças colocam as mãos aquecidas no rosto dos companheiros. Essa é uma brincadeira muito antiga; fala das mingorras, os montes cistosos cheios de pequenas pedras onde se planta em degraus carreiras de parreiras, os pés de uvas. Catiforra é, no Brasil, um forno de monturo. Costume muito antigo rural, dos vários povos antigos, também denominado coivara, consiste na prática de queimar limpando o terreno para plantação. Trata-se de um buraco no chão, onde toros de madeira são colocados. Em seguida, ateia-se fogo e, quando vira brasa, joga-se o lixo da limpeza da terra. Conta a tradição que esses buracos eram cobertos com varetas de madeira, onde eram colocados o pão para assar enquanto os camponeses trabalhavam. Forro significa quente, assado.