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O Sapo Encantado

Era uma vez um camponês muito alegre e trabalhador, que vivia num sítio cheio de árvores e plantações.

Todas as tardes o camponês colhia frutas e verduras para vender no povoado no dia seguinte.

Um fim de tarde o camponês voltava da feira quando ouviu um gemido.


-“Croac, Croac, Croac, me tire daqui!” O camponês percebeu que o lamento vinha de uma pedra grande na beira da estrada.

Amarrou seu burro e começou a empurrar a pedra, que depois de muito esforço acabou rolando. Qual não foi a surpresa, debaixo da pedra sai um sapo, coitado, todo amassado e muito agradecido.

-“Croac, Croac, Croac, companheiro, um dia lhe servirei também.”

O camponês surpreso com o acontecido seguiu sua viagem para casa.

Chegando em casa contou para a mulher a história.

Algum tempo mais tarde, o camponês voltava da feira pela mesma estrada quando ouviu uma voz lhe dizendo: “Croac, Croac, Croac, não vá por esse lado da estrada!”. O camponês não ligou e continuou o caminho, a voz, entretanto insistia: “Croac, Croac, Croac, não vá por esse lado do caminho!”


De repente pula na frente do camponês um ladrão. -“Passa para cá o seu dinheiro!”.

Então de trás de uma pedra sai um guerreiro, que portava uma espada reluzente, tinha um escudo de ouro e montava um cavalo branco. Foi logo dizendo: “Largue esse camponês entregue a ele todo o seu dinheiro”.

O ladrão deixou o dinheiro do camponês que se ajoelhou agradecido. – “Obrigada cavalheiro, obrigada, vou lhe ficar muito grato”.

-“O senhor não deve me agradecer, pois um dia lhe pedi socorro e o senhor salvou a minha vida. Lembra quando um dia rolou uma pedra e salvou a vida de um sapo?”

O camponês diz, “lembro sim!”

-“Eu era um príncipe guerreiro, e fui enfeitiçado por um gênio do mal que me transformou em sapo, até o dia que alguém se importasse comigo e me ajudasse, o encanto então perderia o efeito.”

“Agora eu quero lhe recompensar”, deu um saco de dinheiro ao camponês, mas ele recusou dizendo que seu prêmio era a sua amizade.

Amor com amor se paga.

Você Sabia?

Histórias portuguesas em geral falam da comunidade, dos costumes, da escala de valores e da ética e também dos costumes e da organização do saber da sociedade.

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