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Sereia

Eu morava na areia, sereia

Me mudei para o sertão, sereia

Aprendi a namorar, sereia

Com um aperto de mão, ô sereiá.

 

Menino não jogue pedra, sereia

Que eu estou lavando louça, sereia

Jogue um beijinho de leve, sereia

Que papai mamãe não ouça, oh sereia.

 

Eu morava na areia...

Joguei meu limão pra cima, sereia

Fechado caiu aberto, sereia

Hei de amar a quem me ama, sereia

Quer de longe, quer de perto, ô, sereiá.

Eu morava na areia...

 

Alecrim à beira d'água, sereia

Não se corta com machado, sereia

Se corta com canivete, sereia

Do bolso do namorado, ô, sereia.

 

Eu morava na areia...

 

Menina da saia branca, sereia

Lencinho da mesma cor, sereia

Menina, diga a seu pai, sereia

Que eu quero ser seu amor, ô, sereiá.

Sereia -
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Você Sabia?

As cantigas de verso são oriundas de um costume muito antigo, o versejar. Essa categoria do folclore muito viva e praticada ainda hoje, especialmente no nordeste, é divertida, desenvolve a memória e promove protagonismo, na medida em que democratiza os versos e ainda desenvolve rimas, métrica e o próprio Português.

Caros professores: com a cantiga de verso vocês podem inserir na sua sala de aula o versejar sobre vários temas e olhares; incentivar as crianças a criarem seus próprios versos, ampliar vocabulário, visões e conceitos sobre os mais variados temas de forma lúdica e musical. Seria muito válido também convidar os mais velhos para rodadas de versos na classe, abrindo espaço para a cultura da comunidade. Tentem e incentivem o surgimento de poetas...

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