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Profa. Sylvia Ganem Assmar

Pedagoga e Mestre em Educação Pela Universidade Federal de Santa Catarina

Vamos dar as mãos... Vamos entrar nessa roda... Vamos Cirandar.

De mãos dadas numa grande roda Nairzinha enche as praças, canta e encanta numa linda coreografia embalada por vozes de crianças e também de adultos, que naquela roda, voltam a ser crianças vestindo fantasias de reis, rainhas, sapos cururus, rosas juvenis.

Cirandando Brasil é muito mais do que o resgate da brincadeira e das cantigas de rodas perpetuadas através dos tempos. Cirandando Brasil leva para as praças a alegra, a brincadeira, a descontração, o faz de conta e de lúdica, desenvolve um processo de organização da consciência crítica da criança, incentiva a formação de valores, possibilitando a cada uma das crianças participantes, o resgate da autoestima, o exercício da imaginação, do ato criador e principalmente o direito de ser criança.

Cirandando Brasil projeta um sonho. Um sonho que concretiza a possibilidade de deixar a criança ser criança, em toda a sua plenitude. Um sonho que permite ao adulto compreender a necessidade de respeitar a cultura infantil e mais do que isso, compreender que brincar é preciso, que brincadeira de criança é coisa séria, imprescindível e fundamental para o desenvolvimento infantil.

De mãos dadas, brincando de roda, a criança aprende a conhecer a si própria, a conviver harmoniosamente com os outros, representa, vivencia novos comportamentos e amplia a sua percepção de mundo.

As mãos dadas simbolizam um pacto de união, de cumplicidade. De mãos dadas ou no meio de roda a criança estabelece novos vínculos e significados para sua vida, aprende a explorar seus desejos e na fantasia, constrói caminhos para satisfazer suas necessidades, exercitando comportamentos fundamentais para o seu desenvolvimento afetivo, psíquico e social.

Ao publicar o Cirando Brasil, Nairzinha socializa uma prática educativa tornando público um material que divulga e preserva as cantigas de roda e sem descaracteriza-las, faz um redesenho, dando-lhes uma roupagem contemporânea identificada com a cultura da criança do século XXI.

Parabenizo Nairzinha, pela competente pesquisa, pela coragem de se expor em praças públicas oferecendo às crianças a possiblidade de brincar como crianças a possibilidade de brincar como criança num tempo em que tudo conspira para o encurtamento do tempo da infância e principalmente, pela socialização de um valioso material acessível a professores, mães, pais, avós, tios, enfim a todos aqueles que querem construir um país melhor investindo na formação de suas crianças.

Vamos dar as mãos, vamos entrar nesta roda, vamos cirandar com Nairzinha buscando, cada vez mais, possibilitar às nossas crianças o direito e o prazer de ser criança.

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