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Cabe aos Avós Falar de Ética e de Utopia


Quem não queria ter uma avó especialista em brincadeiras? Nairzinha se dedica há 40 anos ao estudo das brincadeiras tradicionais formadoras da identidade cultural brasileira. São maravilhas que ela colheu nas tradições dos indígenas e dos descendentes de portugueses e africanos.

Como ela é cantora e compositora, vovó Nair Spinelli Lauria, que ganhou o apelido de Nairzinha pra se distinguir, quando era criança, da própria avó, de quem é xará, criou o Programa Cirandando Brasil, que já tem um acervo de com 2 mil peças do folclore infantil, catalogadas, escritas e transcritas em partituras musicais.

E de tanto cantar e brincar com gerações e gerações de crianças da sua cidade, Salvador, na Bahia, todo mundo agora a chama de avó. E tem uma consciência muito firme do papel social que cabe aos avós hoje em dia,: “a função de falar de ética e utopias para as crianças”.

“Criança gosta de brincadeiras provocativas e não do ambiente moral dos adultos”, diz. Nairzinha até inventa a palavra “adultização” para afirmar que “avó é para encantar as crianças e evitar que tenham vida de adulto precocemente”. A importância disso, segundo ela é que “a fantasia estimula a criatividade e dá às crianças as ferramentas para sobreviver”.

Nesta entrevista, ela canta uma de suas composições, que ela fez para a avó Nair, com as lembranças da convivência entre elas e da infância feliz que teve. E compartilha os ensinamentos que colheu ao longo da vida, com sua sensibilidade aguçada. Nairzinha arrisca um conselho para todas as avós: “manter viva a criança que há dentro da gente é o segredo para uma vida longa”.

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